José Cesário é natural de Viseu e licenciado em Administração e Gestão Escolar através de Diploma de Estudos Superiores Especializados. Foi professor do Ensino Básico, membro da Direção do Sindicato de Professores da Zona Centro e fundador da Associação Nacional de Professores do Ensino Básico. Da III à XIII legislatura foi deputado à Assembleia da República, tendo sido reeleito na XIV Legislatura. Durante este período presidiu à Subcomissão Parlamentar de Desporto na VI Legislatura, foi Secretário da Mesa da Assembleia da República na VI e VIII Legislaturas e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XIII Legislatura. Assumiu o cargo de Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no XV, XIX e XX Governos Constitucionais e da Administração Local no XVI Governo Constitucional. Exerceu as funções de membro da Assembleia Municipal de Viseu e de Cinfães. Foi Secretário-Geral Adjunto do PSD de 1988 a 1990. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul da República Federativa do Brasil, é Oficial da Ordem do Mérito do Grão-Ducado do Luxemburgo e recebeu a Medalha de Mérito Municipal de Viseu. Um currículo notável daquele que agora assume, uma vez mais, a pasta das comunidades portuguesas.
José Cesário admite que conhecer bem a realidade das comunidades portuguesas facilita no arranque da sua atividade enquanto Secretário de Estado. “É é de facto uma mais-valia. Tenho de reconhecer isto: quem vem de novo atravessa naturalmente um período de alguns meses de adaptação que, no meu caso, está naturalmente feita”. Ao longo dos últimos anos acompanhou de perto, na condição de deputado, o trabalho desenvolvido nesta pasta.
Defendendo que irá seguir o guião eleitoral, José Cesário assume que pretende um modelo de agendamento híbrido para a rede consular. “Um negócio montado à escala global de agendamentos”, é um dos problemas que pretende combater. Mais meios e mais funcionários também estão prometidos.
A abolição da propina do ensino do português no estrangeiro é a principal promessa nesta área, aliando à contratação de novos professores para novas áreas geográficas.
Implementar formações para dirigentes associativos e lusodescendentes é uma das metas a alcançar no que diz respeito ao movimento associativo. “É fundamental é a criação das redes. Eles têm de trabalhar uns com os outros. As comunidades não são estanques, ganham muito em perceber dinâmicas locais e aprender experiências locais numa lógica de intercâmbio”.
Promete ser um defensor, até ao limite, da possibilidade de adoção do voto eletrónico, desejavelmente em mobilidade. Até isso acontecer, pretende que ajustamentos na legislação sejam implementados.
Muitos emigrantes foram surpreendidos com a notícia, no final de 2023, de que a partir de janeiro de 2024, os emigrantes portugueses teriam que pagar custos do atendimento no Serviço Nacional de Saúde. O Secretário de Estado das Comunidades esclareceu o ponto de situação da medida.
Deixe o seu comentário