Nuno Borges, número um nacional, qualificou-se para a segunda ronda do Estoril Open, ao vencer o ‘qualifier’ francês Lucas Pouille, em três sets, no Clube de Ténis do Estoril.
O maiato de 27 anos, 62.º jogador ATP, entrou a perder, mas acabou por confirmar o favoritismo diante do 241.º classificado da mesma hierarquia, impondo-se por 0-6, 7-6 (8-6) e 6-3, em duas horas e 21 minutos, num encontro que esteve interrompido por duas vezes pela chuva.
Na segunda ronda, Borges vai defrontar o italiano Lorenzo Musetti, terceiro cabeça de série do único torneio português do circuito ATP e 24.º do ranking mundial, que ficou isento na ronda inaugural.
O português Nuno Borges considerou que foi “mais coração do que ténis” na sua vitória frente ao francês Lucas Pouille, na estreia no Estoril Open, em que recuperou de uma desvantagem de oito jogos.
O número um nacional precisou de duas horas e 21 minutos para derrotar Pouille, 241.º do ranking mundial, por 0-6 7-6 (8-6) e 6-3, num encontro em que esteve em desvantagem por 6-0 e 2-0.
“Foi um misto de querer muito e de não estar a conseguir fazer nada, de não conseguir entrar no jogo. Ele jogou muito bem com isso. Obrigou-me logo a ter de tomar decisões nos pontos no início, não ofereceu nada”, disse.
Em conferência de imprensa, Borges, 62.º do mundo, notou que “estavam condições muito pesadas por causa da chuva e do tempo” e que foi “aquele jogo no 6-0, 2-1” que o manteve “vivo”, algo que o seu adversário “sentiu”.
“De repente tudo muda, ele não está a conseguir jogar, vou para o 4-2, não consegui concretizar bem. Foi uma montanha russa. No terceiro set, senti que estava por cima e senti-me mais confortável. Este jogo [da primeira ronda] mentalmente valeu por três e foi mais coração do que ténis”, admitiu.
Referindo que “queria ter uma boa prestação à frente de tanta gente no Estoril”, que “queria jogar mais”, Borges assumiu que já ter virado de um 6-0 no passado foi um bom exemplo “para dar a volta a este tipo de jogos”.
A perder por oito jogos, o maiato disse que tentou “não deixar fugir o pensamento para as coisas óbvias”.
“Podia sair daqui numa primeira ronda, o que é perfeitamente normal. Apesar de querer muito neste torneio, às vezes, é aí que não jogamos o nosso melhor. Estava sempre à procura de soluções. Depois vem a chuva, ficou feio, começou o vento. Comecei a achar que queria ‘o mais ‘sujo’ possível, mais vendaval e chuva que der, que me ajude a entrar em jogo e me dê algumas hipóteses’”, confessou.
Na próxima ronda, Borges vai defrontar o italiano Lorenzo Musetti, mas o maiato admitiu que ainda nem sabia com quem ia jogar, por estar mais concentrado no encontro de pares, ao lado de Francisco Cabral, na terça-feira.
“É um jogador muito talentoso, provavelmente mais confortável na terra batida, mas tem feito uns bons jogos no piso rápido. Estava a jogar bastante bem em [Masters 1.000] Miami. Acho que vou tentar pelo facto de já ter feito um jogo aqui e ele não. Senti na pele o que isso é. Nunca é fácil mudar do rápido para a terra. Mais o fator casa. Espero estar a jogar melhor ténis do que hoje e sei que precisarei disso para ter hipóteses”, assegurou.
Borges assumiu que “Musetti tem um outro nível acima” relativamente a Pouille. “Mas os encontros aqui são sempre uma batalha”, alertou.
“Vou-me agarrar ao facto de estar a jogar em casa e trazer o máximo de confiança, porque acho que até tive bons momentos a partir do segundo set. Vou tentar agarrar-me a isso”, concluiu.
FONTE: LUSA
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