Outubro 10, 2024
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Luís Costa conquista bronze no contrarrelógio da classe H5

O português Luís Costa conquistou hoje a medalha de bronze na prova de contrarrelógio de ciclismo de estrada da classe H5 dos Jogos Paralímpicos Paris2024.

Luís Costa, que conseguiu a quarta medalha para Portugal em Paris, percorreu os 28,3 quilómetros da prova, disputada em Clichy-Sous-Bois, em 44.26,32 minutos, ficando a 3.34,73 do vencedor, o neerlandês Mitch Valize (41.01,59).

A medalha de prata da prova, na qual os ciclistas competem numa ‘handbike’, foi conquistada pelo francês Loic Vergnaud (43.20,40).

O bronze de Luis Costa junta-se ao do nadador Diogo Cancela nos 200 metros estilos SM8, e aos ouros de Miguel Monteiro, no lançamento do peso, e de Cristina Gonçalves no torneio individual de boccia BC2.

Luís Costa dá primeira medalha ao ciclismo e compara-se ao vinho do Porto

O ciclista Luís Costa comparou-se hoje “ao vinho do Porto” e admitiu ter ficado um “pouco surpreendido” com andamento rumo ao bronze no contrarrelógio da classe H5 dos Jogos Paralímpicos Paris2024, na qual conquistou a medalha que lhe faltava.

“À terceira foi de vez, faltava-me esta medalha no currículo, depois de ter conseguido medalhas em europeus e mundiais. Foi para isto que trabalhei”, afirmou o ciclista, de 51 anos, no final da prova, já junto da companheira e dos dois filhos.

O ciclista de Castro Verde, que percorreu os 28,3 quilómetros da prova em 44.26,32 minutos, a 3.24,73 do vencedor, o neerlandês Mitch Valize, admitiu que estava preparado para um bom lugar, mas confessou ter-se surpreendido com o andamento que conseguiu.

“Eu vinha para chegar às medalhas, sabia que ganhar era difícil, mas a verdade é que fiquei um pouco surpreendido com o andamento que tive. É sinal de que fiz uma boa preparação, de que tive um bom acompanhamento médico, do treinador, do mecânico, de toda a equipa”, afirmou.

O bronze conseguido numa prova em que o francês Loic Vergnaud (43.20,40) foi prata, é dedicado ao pai e à família, que depois de não ter marcado presença nos Jogos Tóquio2020, marcou presença em Paris.

“Esta medalha é para dedicar ao meu pai que está lá em cima, sei que se ele estivesse cá hoje teria muito orgulho em mim, e à minha família, que está aqui, e que tantas vezes sobrecarrego para me dedicar a isto”, afirmou.

Luís Costa, amputado da perna direita, garantiu que a prova de hoje “foi bem preparada”: “Acordei focado e pensei: ‘Hoje é um dia bom para tentar ganhar uma medalha. Mas sabia que para isso tinha que me superar”.

O apoio da equipa técnica que o acompanhava que, segundo o próprio, “estava eufórica”, foi importante para o ciclista que partilhou um pensamento que teve durante a prova: “Quando terminei a primeira volta, pensei: Vou acima do meu limite, não sei se faço outra volta assim, mas olha vou até rebentar, sempre no ‘red line’”.

Aos 51 anos, e depois de um sexto lugar em Tóquio2020, e de um oitavo no Rio2016, Luís Costa assumiu que se sente “como o vinho do Porto” [quanto mais velho melhor] e, em tom de brincadeira, refere que talvez seja melhor parar em Los Angeles.

“Tem sido sempre a subir, a idade vai avançando e os resultados vão melhorando, eu até tenho medo de continuar até aos 60 e ainda sou campeão paralímpico ou coisa parecida. Se calhar, é melhor parar em Los Angeles2028, se lá chegar”, referiu o ciclista, o mais velho da comitiva portuguesa em Paris.

Luís Costa conseguiu em Paris2024 a primeira medalha do ciclismo português em Jogos Paralímpicos, e elevou para 98 o número de pódios conseguidos por Portugal na competição em 11 participações.

Com o bronze de Luís Costa, que se junta ao do nadador Diogo Cancela nos 200 metros estilos, e aos ouros de Miguel Monteiro no lançamento do peso, e de Cristina Gonçalves no torneio individual de boccia BC2, Portugal igualou já o número de medalhas conseguidas nos Jogos Rio2016.

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